domingo, 11 de abril de 2010

"Volta..."


Acordei, e olhei pela janela.
Estava um dia "triste", e chuviscava.
Deixei-me estar deitado, a ouvir o som dos pingos de chuva.
Comecei a pensar.
Pensei nos primeiros dias, em que deitavas a tua cabeça sobre o meu ombro, em que trocavamos palavras, olhares, gestos sentidos.
Apesar de não te ter ao pé de mim, via os teus olhos perfeitamente definidos, e só queria guardá-los para os poder ver a toda a hora.
Via-te ali.
Senti que estava na hora de fazer algo, que ainda não tinha tido coragem de fazer.
Seja o que for que te tenha feito, ou dito, não foi minha intenção magoar-te, porque apenas te quero de volta.
Sim, quero-te de volta, porque tenho a tua foto ao meu lado, porque tenho a cabeça cheia de sonhos despedaçados, e porque tenho um punho cerrado de puras emoções.
Sei que tenho de abandonar isto, de deixar tudo para trás, mas quero fazer-te o que me estás a fazer agora.
Quero que sintas a falta, quero que pronuncies o meu nome por vontade própria, quero que me desejes.
Estou completamente farto.
Eu quero-te e ele tem-te.
Mostra-me que estou enganado, e diz-me que estou errado.
Olha-me e desenha-me, se é o que gostas de fazer.
Sim, quero-te.
Sim, sinto a tua falta.
Sim, desejo-te.
Começou a chover mais intensamente.
Acordei.
Parecia que até então tinha estado a vaguear por entre os meus pensamentos.
Levantei-me, e os meus lábios apenas pronunciaram :"creio que está na hora de voltares".

segunda-feira, 5 de abril de 2010

"Por vezes dói"

Nascemos e vivemos.
Vivemos de formas diferentes, em que alguns caminhos se cruzam.
Ao cruzarem-se transmitimos todo o nosso ser, e amamos.
Amamos incondicionalmente, e com toda a nossa força, nunca esperando sermos rejeitados.
Mas, por vezes acontece e dói.
Dói.
Dói até esquecermos.
E quando pensamos que finalmente esquecemos; o sentimento, a saudade, a falta de a voltar a ver, traz de volta a dor.
Uma dor que perdura, até voltarmos a nascer, a viver, e a cruzar caminhos.