domingo, 24 de outubro de 2010

"Lúgubres e supérfluas palavras"


Somos apenas uma massa que se move, e que troca (supérfluos) sentimentos.
Somos apenas lúgubres seres, facilmente substituiveis, e esqueciveis.
Somos meros hipócritas, que fazemos (inconscientemente) juras, que jamais cumpriremos.
Somos apenas perseguidores, da (efémera) felicidade.
Mas, não sabes o quão adorável és.
Preciso de ti, tal como desde o primeiro dia; mas a pena cada vez maior, de te perder, e o distanciamento chegar, destrói tudo o que sempre te quis dar.
Ninguém disse que ia ser fácil, mas também ninguém disse que iria ser tão dificil.
Sinto muito por tudo isto, porém, se te decidires por outra encenação, com outras personagens, eu continuarei lá para te ovacionar.
Sabes, só quero voltar ao nosso começo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"Utópico nós"


Não tenho as palavras certas, não sei por onde começar, nem a melhor forma para te tocar.
Sei apenas que o teu misterioso ser, é irresistível, é delicioso, é estimulante, é completamente perfeito.
Sabes perfeitamente, que mudaria por ti.
Sabes que me tornaria o que desejares,
Porém, poderás dizer, ao ler isto, que deixaria de ser eu próprio, que perderia a minha (fraca) essência; mas de que me vale ser eu, se não te tenho?
De que me vale ser um eu, se anseio por ser um nós?
De que me vale ser eu, se este débil e incompleto eu, não te sente, não te tem, não pode olhar-te a qualquer hora, não sente nem nunca sentiu teus doces lábios?
Não quero ser este eu que te vê como uma inatingível utopia.
Quero antes agarrar-te nas tuas mãos, olhar-te nos olhos e perguntar-te:
“-Queres ser minha?”

sexta-feira, 2 de julho de 2010

"Tarde demais"



Encontrei uma fotografia tua.
Fotografia essa, em que tal como todas as outras, estás simplesmente linda.
Olhei cuidadosamente para ela, e recordei, cada traço do teu belo rosto.
Recordei aquele dia, como se fosse hoje.
Bastou apenas um leve toque para ficar completamente viciado em ti.
Mas não há muito para dizer desta vez, apenas que me sentei ao teu lado, e te vi pela última vez a dormir.



Nestes últimos dias tinha pensado muito em ti.
Já não conseguia viver sem sentir a tua respiração ofegante ao meu lado.
Agarrei então nas minhas coisas, e parti à tua procura.
Não sabia bem onde te encontrar, mas hoje seria o dia em que me ajoelharia diante de ti.
Percorri quase toda a cidade, e nem sinal de ti.
Sentei-m então no meu lugar favorito, da nossa imensa cidade.
Adorava aquele lugar, principalmente à noite.
De lá via-se toda a cidade, cheia de pequenas e trémulas luzes.
Agarrei no meu telemóvel, e procurei desesperadamente pelo teu número.
Já não falavamos desde aquela noite em que discutimos, e saíste casa.
Liguei-te; mas não atendeste.
Deixei-te uma mensagem a dizer, que estava no nosso lugar, à tua espera.
Não tinha esperanças que viesses, mas miraculosamente apareceste, depois de algum tempo.
Via-se perfeitamente que não querias estar ali, e muito menos comigo:
-Kate vieste!- exclamei completamente feliz.
-Diz o que me queres, de uma vez.
-Calma Kate. Vejo que ainda estás chateada.
-Steve eu não estou chateada, até porque não fizeste nada, mas eu já não tenho nada contigo.
Esta última frase deixou-me completamente de rastos, mas tentei mascarar a dor que se arrastava dentro de mim.
-Eu sei Kate, mas... eu amo-te. Amo a nossa história. Volta comigo para casa.
Percebi que tinhas ficado tocada, com o que te disse, mas não me disseste o que queria ouvir.
-Chega Steve. Estou farta disto tudo. Já chega, deixa-me em paz. Deixa-me, seguir o meu caminho.
O sentimento morreu.
-Kate eu sei que ainda me amas. Eu não te sou indiferente.
Ficaste calada durante imenso tempo, até que disseste:
-Sim, tens razão. Eu amo-te ainda mais do que o 1º dia, mas as coisas mudaram. Eu pertenci-te, tu pertenceste-me, mas agora está na hora de mudar o rumo.
Chegou a hora de mudar.
-Não Kate. Não quero, nem consigo.
-É o melhor.
-Não, não é Kate. Eu tentei ser perfeito, eu tentei amar-te mais do que tudo, eu tentei fazer-te feliz, eu tentei poder dizer que eras minha. Mas não me deste essa oportunidade, e agora apenas tento ouvir a tua voz, e ver as nossas últimas fotografias.
Contento-me apenas a olhar para ti.
-Steve tu foste a minha vida, mas já não és.
-Kate chegou a hora de voltarmos a sentir.
-Não posso, não quero voltar a sofrer.
-Tu não vais sofrer Kate, eu não vou deixar. Eu por ti morria.
-Steve eu não posso, eu quero, mas não posso.
-Não podes, ou não queres?
-Tenho medo Steve, e além disso surgiu outra pessoa Steve.
Estas palavras acabaram comigo.
-Ele faz-me feliz, e quero ficar com ele.
-É a tua última escolha?
-É, e não vou mudar de ideias.
Morri por dentro., e desisti.
-Foi bom enquanto durou, Kate.
-Foste um grande amor Steve.
-Adeus Kate.
Levantei-me, e andei até à rua mais próxima, esperando que viesses atrás de mim.
Mas não vieste.
Não tinha mais nada que me prendesse.
Andei até à estrada mais próxima.
Caminhei livremente no meio desta, até que desapareci.


Tu não estavas de consciência tranquila, porque sabias que o que me tinhas dito não era verdade.
Correste ao meu encontro, e rapidamente chegaste á estrada onde miraculosamente desapareci.
Quando lá chegaste, apenas viste uma fotografia nossa, manchada com o meu sangue, onde se lia:
-Recorda-me, tal como eu te recordarei sempre.

terça-feira, 15 de junho de 2010

"Tudo tem um fim"



 
Caminhava apressado, no meio daquela multidão que me roeadava.
Não me saía da cabeça o teu telefonema.
Tinham passado 2 anos, e ligaste-me do nada, dizendo:
-Preciso de falar contigo, há muito por dizer.
-Onde?-perguntei logo eu.
-No parque onde nos vimos pela primeira vez.
Eu já nem pensava direito, mas disse logo que lá estaria.
-Então até amanhã, às 15:00.
Desligaste.
Eu nem me apercebi logo.
Os meus pensamentos, vagueavam por entre os nossos vários momentos.
Tinha passado bastante tempo.
Aliás, tempo demais, mas ainda não me eras indiferente, ainda te queria loucamente.
Pousei então o telefone no descanso, e senti que te queria mais que nunca.
Regressei a mim, e continuei a caminhar no meio daquela multidão.
Cheguei mais cedo do que o previsto ao parque, e escolhi o banco, onde outrora me sentei e admirei todo o teu perfeito ser.
Sentei-me.
Recordei novamente, todo o tempo que passei contigo, até que senti uma mão nas minhas costas:
-Jeremy?
Reconheci imediatamente a tua doce e calma voz.
Levantei-me, e abracei-te com toda a força que tinha.
-Tinhas assim tantas saudades minhas?- perguntaste.
-Nem imaginas quantas! - respondi-te eu calmamente.
Sentamo-nos.
Começaste a falar, mas eu nem estava a prestar atenção.
Estava completamente focado nos teus belos olhos.
A sua cor castanha, envolvia tanto mistério e beleza, que atraía qualquer um.
-Ouviste Jeremy?
Rapidamente te respondi:
-Sim sim.
-E reages assim? Sinceramente, pensei que agisses de outra forma, mas afinal enganei.
Foi aí que percebi que não era uma boa notícia; pelo menos para mim.
-Sabes que isso não é verdade. Lutei demasiado por ti, e tu nunca deste o devido valor. Mas repete lá novamente- exclamei.
Lá começaste a falar novamente.
-Desde o primeiro dia que me atraíste com o teu ar descuidado, mas também com o teu lado querido e rebelde. Mas também sempre hou o Sam.
Ele sempre gostou de mim, e eu também lhe achava piada.
Mas não era nada como tu.
Demorei a perceber isso, e talvez seja tarde demais. Foi por tudo isto que parti sem explicação há 2 anos atrás, e estive este tempo todo sem te dizer nada.
Continuaste a falar, mas eu bloqueei nesta última frase tua.
Tudo fazia sentido agora.
Há 2 anos, sabias o quanto eu te amava, e tudo o que fiz para te ter.
Rapidamente percebi que também me amavas, e iniciamos um novo caminho juntos.
Tinhamos combinado naquela noite, encontrarmo-nos neste preciso parque.
Esperei ansiosamente neste preciso banco, envelhecido, até que adormeci e apenas acordei na manhã seguinte.
Desde então que te tinha procurado por todo o lado.
Vivia com o doloroso sentimento de pensar que não passava de um inútil e estúpido amor.
Amava-te ainda mais desde então.
Sentia que estava a desfazer-me por dentro.
Regressei à conversa:
-Ele obrigou-me a sair do país, e a prometer-lhe que nunca mais te via.
Eu não queria, nunca quis. E nem quero.
Mas fi-lo porque ele ameaçou que te matava, e eu era incapaz de viver sem saber que estavas bem.
Por isso parti, e tenho-me submetido a ele.
Intervim:
-Porque não me contaste? Teríamos arranjado uma solução.
-Nao tive tempo Jeremy. E tinha medo de te perder.
-Pois mas deixaste-me perder-te e pensar que não me querias.
-Não era essa a minha intenção!-exclamaste.
-Mas foi o que aconteceu.
-Jeremy eu amo-te.
-E eu a ti Marilyn.
-Deixa-me acabar Jeremy. Gosto da tua forma de ser, gosto dos teus olhos, gosto dos teus lábios, gosto da tua personalidade, gosto do teu cabelo, gosto de tudo o que és e representas para mim. Gosto de gostar de ti.
Mas ... tenho uma má noticia para te dar. Eu não quero, mas vou casar-me com o Sam.
-TU O QUÊ?
-Foi o que ouviste.
-Mas se não queres, porque o fazes? Nós podemos encontrar uma solução.
-Não não podemos. Não há solução, para isto Jeremy. Não há nada a fazer, nem a dizer, aqui e agora.
-Marilyn, agora que te reencontrei não te quero perder novamente. Quero que faças parte, da minha vida. Quero viver loucuras contigo. Não tens noção, quero tanta coisa contigo.
-Também eu Jeremy, mas não posso, há uma razão muito forte por detrás de isto tudo.
Levantaste-te rapidamente e começaste a andar.
Puxei a tua mão, e olhei-te intensamente nos olhos.
-Até sempre, Jeremy.
Beijaste-me louca e apaixonadamente.
Partiste.
Fiquei ali, em pé, sem fazer nada, sem reacção a ver-te partir.
Quando deixei de te ver, comecei a andar até à ponte, e debrucei-me sobre o corrimão.
Olhava a água a correr calmamente.
Tinha o teu rosto fixado nos meus olhos.
Subi para cima do corrimão.
-Talvez nos encontremos numa outra vida; amei-te até ao último segundo.
Saltei.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

"Loucuras negadas"

Ouviste dizer?
Ouviste-me dizê-lo?
Não, seguramente que não. Nem atenção prestaste.
Foram imensas as palavras proferidas, os gestos tomados em vão, os momentos desperdiçados.
Para ti não chegaram os "anseio loucamente por ti...", ou o "és a minha utopia...", ou apenas um breve olhar que transmitia tudo o que havia em mim.
Foram, apenas estúpidas palavras, gestos insignificantes.
Foram apenas páginas que esfolheavas a teu belo prazer.
Porém, ficou tanto por dar.
Mas não.
Não foi isso que te dei.
Dei-te todo o significado que as várias palavras que proferi, tinham.
Dei-te todo o meu desejo.
Pergunto-me se escrever-te, não será um pecado.
Mas se for, não me fará diferença.
Não pararei de escrever, toda a inspiração que me dás.
E mesmo que não leias, o que te escrevo, continuarei a escrever-te, porque és o único fim que quero ter.
Mas caso me vires as costas, sentir-me-ei apenas um estúpido idiota que tenta a todo o custo, desvendar o mistério que trazes contigo.
Porém nesse caso partirei.
Virar-te-ei, também as costas, e caso olhes para trás, e perguntes: "Onde vais?", olharei então para trás, memorizarei a tua perfeita imagem, e dir-te-ei: "Queres viver comigo até ao expoente da loucura?"

segunda-feira, 3 de maio de 2010

"Anseio por ti, utopia"


Anseio loucamente por desvendar o mistério que trazes contigo, e por dizer que não és apenas um sonho dificil de atingir.
O teu ser atraí-me e faz-me desejar-te.
Os meus lábios chamam pelos teus.
Quero tocar-te, quero sentir-te; quero-te.
Sonho em agarrar a tua mão, olhar-te nos olhos e dizer-te que és a minha utopia.

domingo, 11 de abril de 2010

"Volta..."


Acordei, e olhei pela janela.
Estava um dia "triste", e chuviscava.
Deixei-me estar deitado, a ouvir o som dos pingos de chuva.
Comecei a pensar.
Pensei nos primeiros dias, em que deitavas a tua cabeça sobre o meu ombro, em que trocavamos palavras, olhares, gestos sentidos.
Apesar de não te ter ao pé de mim, via os teus olhos perfeitamente definidos, e só queria guardá-los para os poder ver a toda a hora.
Via-te ali.
Senti que estava na hora de fazer algo, que ainda não tinha tido coragem de fazer.
Seja o que for que te tenha feito, ou dito, não foi minha intenção magoar-te, porque apenas te quero de volta.
Sim, quero-te de volta, porque tenho a tua foto ao meu lado, porque tenho a cabeça cheia de sonhos despedaçados, e porque tenho um punho cerrado de puras emoções.
Sei que tenho de abandonar isto, de deixar tudo para trás, mas quero fazer-te o que me estás a fazer agora.
Quero que sintas a falta, quero que pronuncies o meu nome por vontade própria, quero que me desejes.
Estou completamente farto.
Eu quero-te e ele tem-te.
Mostra-me que estou enganado, e diz-me que estou errado.
Olha-me e desenha-me, se é o que gostas de fazer.
Sim, quero-te.
Sim, sinto a tua falta.
Sim, desejo-te.
Começou a chover mais intensamente.
Acordei.
Parecia que até então tinha estado a vaguear por entre os meus pensamentos.
Levantei-me, e os meus lábios apenas pronunciaram :"creio que está na hora de voltares".

segunda-feira, 5 de abril de 2010

"Por vezes dói"

Nascemos e vivemos.
Vivemos de formas diferentes, em que alguns caminhos se cruzam.
Ao cruzarem-se transmitimos todo o nosso ser, e amamos.
Amamos incondicionalmente, e com toda a nossa força, nunca esperando sermos rejeitados.
Mas, por vezes acontece e dói.
Dói.
Dói até esquecermos.
E quando pensamos que finalmente esquecemos; o sentimento, a saudade, a falta de a voltar a ver, traz de volta a dor.
Uma dor que perdura, até voltarmos a nascer, a viver, e a cruzar caminhos.

sexta-feira, 12 de março de 2010

"Adeus eterno"


Sentia um frio a percorrer-me as costas.
Não estava bem.
Apesar de te ter ali ao pé de mim, sabia que não era por muito; sabia que irias partir.
Sim, era o último dia, a última tarde, as últimas horas, os últimos minutos.
Olhei-te vezes sem conta.
Queria guardar o máximo de imagens tuas, possíveis.
Tocou para a saída.
Saís-te.
Eu segui-te, mas vagarosamente.
Não queria que aquilo acontecesse. Fiquei parado na entrada da sala, a olhar para ti, e tu para mim.
Perdi a noção de tudo.
Senti uma lágrima, a escorrer pelo canto do olho.
Não queria perder-te.
Não queria acabar com o sentimento, não queria ter de dizer adeus.
Não queria perder, tudo o que tentei construir.
Abracei-te.
Abracei-te, com toda a força que tinha.
Sussurrei-te ao ouvido, que eras tudo para mim, e que te amava.
Abraçaste-me.
Disseste-me, que me odiavas, e que não era um "adeus", mas sim um "até já", pois voltarias para recordar os bons momentos, as palavras, os olhares, os sorrisos, tudo.
Porém, sentia-me mal na mesma; sabia que nada voltaria a ser igual.
Despediste-te.
Seguiste o teu caminho, e avanças-te.
Fiquei parado, a olhar para ti a afastares-te.
Mas não aguentei mais. Ainda, mas tinhas partido, e já as saudades me apertavam e sufocavam.
Correi até ti, e agarrei-te na mão.
Puxei-te para mim, e senti os teus lábios.
As coisas, poderiam ter sido de outra forma- disse-te.
Concordas-te e deste-me outro beijo.
Trocamos as últimas palavras. Eram os últimos segundos.
Beijei-te de novo, prolongadamente, pois não queria que me deixasses. Partiste.
Recordo cada cabelo teu, cada olhar, cada palavra, cada beijo, cada abraço, cada pensamento, cada minuto.
Talvez te ame eternamente.
Poderá ser este o nosso fim, se não mudar-mos o meio.
Sei que o adeus chegará, mas quando fores levarás uma parte de mim, uma parte que nunca mais recuperarei.
Quero-te amar, mas não vou implorar.
Quero-te amar & quero que me ames.
F de fim, F de feliz.
Amo-te.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

" A gula de te ter"

Era uma tarde quente, ensolarada.
Caminhava descalço, sobre a areia quente, sentindo a brisa do mar na minha cara.
A brisa, ao tocar-me trazia-me à memória, pessoas, momentos, discussões, risos, olhares, abraços, loucuras, paixões (...), até que parou em ti.
A brisa, continuava a tocar-me mas a imagem não mudava.
Apenas, estava fixada a tua imagem.
Tu a cainhares até mim, com os teus longos cabelos, que dançavam ao som do vento; sorrindo e abraçando-me.
Sentia-te.
Sentia-te ali, sentia os teus cabelos, a tua cara, as tuas mãos, sentia-te.
Abracei-te mais uma vez.
Olhei-te nos olhos, e tu olhas-te nos meus.
Ficamos ali uma quantidade indeterminada de tempo, a olhar um para o outro.
Até que agarrei na tua mão, e puxei-te até ao mar.
A água estava gelada, mas pareceu que nem sentis-te porque continuas-te com o teu sorriso, e avanças-te.
Larguei a tua mão, e gritei tudo o que sentia.
Riste-te e gritaste comigo.
Os nossos gritos juntaram-se e tornaram-se num só, numa só palavra.
Ecoou por toda a praia.
Mergulhas-te e eu segui-te.
Voltamos rapidamente, a cima e segui uma gota que percorreu o teu cabelo, saltando depois para os teus lábios.
Senti-os então.
Estavam molhados, e eram carnudos.
Senti-os de novo.
Pareceu que o tempo parou. Parou a brisa, o som calmante da ondulação do mar, parou a água fria a bater em nós, parou tudo.
Apenas, continuava o sentimento.
Saímos do mar, e sentamo-nos na areia.
Abracei-te e deitaste-te sobre as minhas pernas.
Trocamos palavras, sentimentos, carinho, olhares, paixão, calor, risos...
Senti mais uma vez os teus lábios.
Mas de repente, deixei de te sentir. Abri os olhos e não te vi. Procurei-te e gritei o teu nome, que caminhava sobre o vento.
Mas não apareceste. Deixei-me cair.
Não tinha passado, mais do que 10 segundos, e já sentia a tua falta.
Estava deitado sobre a areia, a recordar, o escasso tempo que te tive.
Parecia tudo mágico. Desejei, então que voltasses todos os dias, e que pudesse de novo sentir a brisa do vento contigo, abraçar-te sentir de novo os teus lábios.
Sinto, vontade de te sentir.
Voltas a sentir comigo?