sexta-feira, 6 de julho de 2012

"Paradigma"


Certamente acreditas que o que se desperdiçou uma vez, jamais volta; e eu digo-te: podes ter a certeza!
O que não se agarrou (com toda a força) não mais volta, pelo menos não com a mesmo essência, não com a mesma vontade.
Por isso diz-me: quantas vezes desperdiças-te alguém? (Ou melhor, a tal?)
Pois, se não o fizes-te sorte a tua.
Eu, por meu turno, já o fiz, já cometi esse infortúnio.
Perante isto vi-te partir sem sequer sentir o veneno dos teus lábios, acabei por perder a (única) certeza que tinha, fiquei completamente reduzido ao nada, e uma inquientante arritmia entorpeceu o meu débil raciocínio.
Aliás, deixaste-me no fio da minha fala, porque esse teu inconstante ser aceita uma desculpa mas nunca um erro.
Percebo que a desilusão te tenha invadido, que afectei a tua (inabalável) convicção, que destruí a (verdadeira) oportunidade, mas entende és tu quem adoro!
Acredita, penso em ti a todo o segundo, recuperei um sentimento puro, que me leva a adormecer contigo no pensamento, e a querer(-te) ao meu lado quando acordo.
Estou ciente que muito dificilmente recuperarei o teu (total) sentimento, mas ainda te sei decor.
Por isso, percebe: está na hora de voltares!



Tu que lês este texto, toma o meu exemplo e não sigas o caminho que segui, porque as segundas oportunidades são raras, e na maioria dos casos: impossíveis.